quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

P.S.D.

Ao ler o post de Rogério Casanova, no blogue Pastoral Portuguesa, sobre Barak Obama e Hillary Clinton, em que este, num exercício de ironia e anagramática, ridiculariza os discursos programáticos dos dois candidatos democratas às presidenciais norte-americanas, não resisti a vir aqui pespegar uma gracinha idêntica, sobre o caso do financiamento ilegal do PSD. Afinal, tanto a sigla oficial do financiado como a designação comercial da financiadora apresentavam-se de tal maneira a jeito que, tomado por pulsão jocosa, dei por mim a agradecer a Santana por o "seu" PPD nunca ter vingado - e afadiguei-me a engendrar qualquer coisa do estilo: PSD: Partido Somague Democrata ou Partido da Somague e do Diogo.
Mas a imaginação não é muita e o gozo durou pouco - até ler as últimas sobre o caso.
Segundo o Público, a empresa (Novodesign) a quem a SOMAGUE pagou o new look institucional do PSD, também terá trabalhado para o PS e para o CDS/PP. Ainda assim, o furor anagramático mantinha-se (pois curiosamente todos os partidos visados perfilharam aquele caractere (bem como a sua cada vez mais indiferenciada (in)significante ideológica) na sua nomenclatura). Mas a piada esvaziou-se quando percebi que, afinal, a letra que mais parece aparecer nas contas destes partidos e de diversas empresas públicas ou semi-públicas nacionais (TAP, CTT, GALP, RTP) não é a S de SOMAGUE, mas a C, de Carlos Coelho, antigo fundador da Novodesign (entretanto alegadamente afastado pelos restantes accionistas) e actual "promotor, activista e trabalhor do Compromisso Portugal", grupo de reflexão (pseudo) política onde pontificam figuras como o patriota Diogo Vaz Guedes (ex-SOMAGUE) e António Mexia (actual boss da EDP e ex-ministro com a tutela, entre outras, da GALP). Apetece perguntar, não com s mas com c: Cheira não Cheira?

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