quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

O trilema de Alípio II

Enganei-me. Afinal, Alberto Costa está satisfeito com o director da PJ que tem. Segundo o Público, o ministro da Justiça reafirma a sua confiança em Alípio Ribeiro. Mesmo depois de este ter admitido precipitação dos seus inspectores na investigação do caso Maddie. Mesmo depois de este ter reconhecido precipitação por parte do M.P. na aceitação da proposta de constituição de arguidos do casal McCann. Mesmo depois de assumir que, hoje, à luz da sua experiência e da informação de que dispõe sobre o inquérito - ainda em segredo de justiça - não o teria feito. Mesmo depois de este ter pedido desculpas à ASFIC, pela sua precipitação. Mesmo depois de este ter demonstrado, até mais não, a insustentabilidade da sua manutenção no cargo. Mesmo depois de este ter revelado absoluto desrespeito pela instituição que dirige.
Em suma: se o ministro não tem vergonha e o director da PJ não é, de todo, envergonhado, das duas uma (ou as duas?): ou Alípio Ribeiro falou obrigado (expiando assim pecados da investigação? falando para inglês ver? suicidando-se publicamente para os McCann tropeçarem?) ou o ministro já devia ter sido remodelado.
Seja como for, de uma coisa não tenho dúvidas: estes não são o meu ministro da Justiça nem o meu director-nacional da PJ.


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