Confesso que não sei o que pensar do director-nacional da PJ, e das suas mais recentes declarações sobre o caso Maddie. Parte de mim, o meu lado benévolo e moderado, partilha da indulgência do taxista que me trouxe hoje ao emprego: "Saiu-lhe. Os jornalistas tanto o apertaram que o homem saiu-lhe.." Mas já o meu lado socrático de prático do Direito grita-me, indignado, entre perdigotos, como o professor Marcelo: "...gravíssimo!...(...) matou a investigação!" Isto se não der ouvidos ao meu lado Poirot e juntar-me àqueles que, apreciadores de intrincados enredos policiários, vêm na precipitação do Director da PJ uma obscura estratégia de investigação.
É, de facto, um dilema, ou melhor, um trilema formar uma opinião sobre Alípio Ribeiro. Se a sua imagem patusca, de diácono melífluo e trapalhão suscita-nos a mesma condescendência que dispensamos ao actor canastrão, a sua inabilidade, quase suicidária, para dirigir a PJ começa a revelar-se tão lesiva da imagem interna e externa daquela instituição policial e do ministério que a tutela que quase adivinho as palavras do ministro Alberto Costa, ao ouvir as declarações do seu tutelado ao programa "Diga Lá Excelência": "Esta não é a minha Polícia Judicária!"
É, de facto, um dilema, ou melhor, um trilema formar uma opinião sobre Alípio Ribeiro. Se a sua imagem patusca, de diácono melífluo e trapalhão suscita-nos a mesma condescendência que dispensamos ao actor canastrão, a sua inabilidade, quase suicidária, para dirigir a PJ começa a revelar-se tão lesiva da imagem interna e externa daquela instituição policial e do ministério que a tutela que quase adivinho as palavras do ministro Alberto Costa, ao ouvir as declarações do seu tutelado ao programa "Diga Lá Excelência": "Esta não é a minha Polícia Judicária!"
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