Eis mais uma transferência milionária no futebol: Scolari vai chefiar o balneário do Chelsea.
Para muitos, terá sido um surpresa, principalmente estando o Euro em curso. Para outros, nada mais que uma inevitabilidade. Para outros ainda, uma oportunidade de ouro para ascenderem ao trono da selecção.
Para mim, foram as três: foi uma surpresa pela altura sensível em que sai (Scolari tinha obrigação de exigir reserva ao Chelsea, até ao final do Euro - mas certamente não quis começar logo com "sargentices" com Abramovitch); foi uma inevitabilidade porque, por mais que Scolari tenha cantado os encantos de Portugal, ainda não há encantos que o dinheiro não compre; e é também, a meu ver, uma oportunidade para ter outro perfil à frente da Selecção Nacional, por exemplo, Carlos Queiroz ou, quem sabe, Rui Caçador.
Pois se Scolari é inegávelmente um bom gestor de egos e talentos, sempre achei que a Selecção Nacional precisa mais do que de um Seleccionador-Paizão; precisa de alguém que conjugue a competência técnica (de que Scolari não era um exemplo brilhante), a capacidade de liderança e de mobilização de vontades (reconhecida no ainda seleccionador), mas também que possua um projecto de futuro para a Selecção Nacional (o que nunca passou pela cabeça do Felipão, que sempre foi um líder comodamente a prazo).
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