Aparentemente, José Miguel Júdice fartou-se de ser o responsável fáctico pelo plano de revitalização da zona ribeirinha de Lisboa. Aparentemente porque este nada disse sobre as razões que o levaram a afastar-se da liderança do projecto - tirando um excerto lacónico da carta de demissão, entregue a Sócrates, por si declamado em directo ao seu curioso companheiro do programa Dia D, António Barreto.
Segundo o visado, as suas razões serão vertidas em livro, a apresentar em breve ao grande público.
Está na moda: agora quem tem ou julga ter algo a revelar ao país, já não convoca conferências de imprensa nem escreve artigos nos jornais - escreve livros. O meio e a forma sempre emprestam alguma dignidade ao conteúdo (ou à ausência dele) e garantem uns trocados extras aos (pseudo) autores. Veja-se Carolina Salgado ou, conforme já prometido, Valentim Loureiro.
Vamos então aguardar - e juntar uns trocos - para comprar o livro das revelações de Júdice - para compor a estante lá da sala.
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