sábado, 19 de julho de 2008

Roma não paga a traidores?

Se o crime (vamos crer) não compensa, a conivência na sua prática, afinal, também parece que não. Que o diga o secretário-geral da UGT, João Proença. Para quem não sabe, João Proença é o homem que, em nome de dezenas de sindicatos afectos à UGT e porque " Como a CGTP nunca assina nada, a UGT terá de assinar" (conforme disse em entrevista à SÁBADO), concertou com o Governo as alterações ao Código do Trabalho. Mas além de líder sindical, Proença é também membro da Comissão Política do PS. E um candidato assumido a um qualquer tachito que - espera ele - um Sócrates generoso e reconhecedor lhe ofereça, pelos utilíssimos serviços prestados ao Governo.
Mas, conforme disse um dia Guterres, evocando o procônsul romano Cipião, "Roma não paga a traidores". Assim, parece que o Governo terá passado a perna a Proença, apresentando no Parlamento uma versão das alterações ao CT diversa da apresentada e aprovada pelo líder da UGT, em sede de concertação social.
Veremos se Proença, à semelhança dos três cicários de Viriato, não acabará executado e exposto - mas certamente bem posto - na praça pública.

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