Nunca a mentira foi tão pública neste país. Só esta semana, que ainda vai a meio, já vão duas as aldrabices expostas a público pela comunicação social. Primeiro foi a patranha da taxa "Robin dos Bosques", a aplicar às companhias petrolíferas, que afinal parece que mais não é do que um adiantamento - já confirmado pelo presidente da GALP - ao Governo, do imposto já existente, por conta dos lucros percebidos (o verbo, em desuso, assenta aqui como uma luva, se pensarmos na dificuldade que se viu em apurar com certeza da licitude dos métodos de cálculo utilizados pelas petrolíferas no negócio). E agora, é a procuradora directora do DIAP/Porto que, depois das desconsiderações do PGR, quer deixar o cargo, alegando razões de saúde - quando se sabe que, para além das desinteligências com o PGR, as razões de saúde serão, quando muito, de saúde financeira ou profissional, pois dizem os jornais que a procuradora deseja ser colocada na Relação, onde ganhará mais e terá, seguramente, menos chatices.
A este ritmo de aldrabice, amanhã não me surpreenderei se o Governo vier prometer um aumento extraordinário aos portugueses, por conta dos reembolsos do IRS, e o PGR, na próxima segunda-feira, vier anunciar que a solução para o "processo Maddie" será... o arquivamento do inquérito por falta de provas.
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