E a sanha higiénica da ASAE continua. Desta feita, as vítimas foram as IPSS. Segundo se noticia, aquela polícia económica, fazendo uma interpretação draconiana de normas comunitárias, tem vindo a aplicar às IPSS as regras fixadas para os estabelecimentos de restauração, proibindo aquelas instituições de apoio social de aceitar dádivas de géneros alimentícios e obrigando-as a jogar fora, mesmo quando em boas condições, alimentos que não se encontrem conservados em equipamentos de congelação exigidos aos estabelecimentos de restauração.
Numa altura em que a fome regressa à ordem do dia, é inacreditável que seja um serviço público a promover o desperdício e a condicionar de forma intolerável a actividade assistencial. Mas, mais grave e intolerável do que isso, é assistir, de dia para dia, à descredibilização, por via do protagonismo rigorosista do seu dirgente máximo, dum organismo público indispensável a qualquer sociedade minimamente organizada.
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