segunda-feira, 12 de maio de 2008

Bem prega o cardeal Martins

Segundo o cardeal Saraiva Martins, o nosso homem nas altas esferas do Vaticano, vivemos numa "sociedade opulenta", "onde morrem milhões de irmãos à fome".
Ao ler tais declarações no DN de hoje, não pode deixar de me lembrar daquele dito popular, "bem prega frei Tomás, faz o que ele diz, não faças o que ele faz".
É inegável o papel social da Igreja. Quer se goste, quer não, toda a cultura europeia se radica no paradigma judaico-cristão. É inútil e intelectualmente desonesto repudiar tal realidade. Basta ir em excursão a Lourdes, em expedição a Santiago de Compostela ou em peregrinação a Fátima para, pê-lo menos, suspeitá-lo.
O problema é quando lemos que o Papa calça sapatos de € 300, quando testemunhamos as dezenas de quilates em ouro que, diariamente, são deixados em Fátima pelos peregrinos e ouvimos que o Patriarcado explora parques de estacionamentos em Lisboa e tem consultores fiscais e económicos como Lobo Xavier e Jardim Gonçalves.
Mas enfim, não sejamos demagógicos; conforme diz D. Saraiva Martins: " A Igreja faz o que pode e não pode ir mais além".

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