Desde segunda-feira que Portugal parece ser cenário duma aventura do Tintin. Ao iniciar da semana informam-nos que, altos dignatários lusos, em respeito às nossas melhores tradições de hospitalidade, haviam permitido o pseudo-exílio no Algarve de um tal Jean-Pierre Bemba, ex-vice-presidente congolês detido no sábado em Bruxelas, sob acusação do Tribunal Penal Internacional de prática de crimes de guerra e contra a humanidade. Segundo parece, o tribalista transvestido de estadista, era dado ao eclectismo, pois tanto apreciava as virtudes (e os luxos) da democracia ocidental como chacinava - solidariamente com líderes da República Centro-Africana - populares daquele país.
Ontem, foi o professor Bambo. Segundo se noticiou, o conhecido vidente senegalês, um dos mais assíduos anunciantes da nossa imprensa escrita, foi ouvido no DIAP do Porto, por suspeita de burla e violação.
Das duas uma: ou tropeço amanhã no capitão Hadock ou começo a suspeitar que os Bemba e Bambos que se passeiam por este país (e os seus-nossos hospedeiros) devem achar-nos uns bimbos...
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