Temos aí um novo partido. Movimento Esperança Portugal (MEP), de seu nome. A encabeçar, Rui Marques, ex-comissário para as minorias, homem do Lusitânia Expresso (aqui vou eu pra Timor, aqui vou eu cheio de pinta...lembram-se?) e da revista Fórum Estudante. Programa político: "transmitir esperança", "estar ao centro do centro político, entre o PS e o PSD", "construir pontes e sublinhar mais aquilo que nos une do que aquilo que nos separa". Slogan: "Melhor é possível".
Eis um programa claro e um slogan que fica no ouvido. Perante o nosso charco político-partidário, urge criar um partido que transmita esperança aos portugueses, que se apresente ao eleitorado disposto a construir pontes com as outras forças políticas - de preferência com assento entre elas -, que acredite - ou nos faça acreditar - que melhor é possível - mesmo quando pior já nos parece impossível.
Em suma: o MEP não é um partido político, é um partido penetra. Na melhor das hipóteses, um partido do meio - logo, das meias tintas. Faz lembrar aqueles indivíduos estupidamente correctos que, naqueles bancos para três do metro, fazem sempre questão de se sentarem no do meio, delicadamente indiferentes ao facto de, entre nós e o Jô Soares da outra ponta, só sobrar espaço para entalar o exemplar do Destak ali abandonado.
Mas, não nos iludamos: a avaliar pelo silêncio táctico do PS, talvez o MEP ainda venha a ser o "meio partido" do PS, que, com a sua velha tradição hospedeira, poderá com certeza dispensar um assento parlamentar a Rui Marques, criando assim a figura do "partido e meio" da democracia portuguesa.
Eis um programa claro e um slogan que fica no ouvido. Perante o nosso charco político-partidário, urge criar um partido que transmita esperança aos portugueses, que se apresente ao eleitorado disposto a construir pontes com as outras forças políticas - de preferência com assento entre elas -, que acredite - ou nos faça acreditar - que melhor é possível - mesmo quando pior já nos parece impossível.
Em suma: o MEP não é um partido político, é um partido penetra. Na melhor das hipóteses, um partido do meio - logo, das meias tintas. Faz lembrar aqueles indivíduos estupidamente correctos que, naqueles bancos para três do metro, fazem sempre questão de se sentarem no do meio, delicadamente indiferentes ao facto de, entre nós e o Jô Soares da outra ponta, só sobrar espaço para entalar o exemplar do Destak ali abandonado.
Mas, não nos iludamos: a avaliar pelo silêncio táctico do PS, talvez o MEP ainda venha a ser o "meio partido" do PS, que, com a sua velha tradição hospedeira, poderá com certeza dispensar um assento parlamentar a Rui Marques, criando assim a figura do "partido e meio" da democracia portuguesa.
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