sexta-feira, 7 de março de 2008

Chamem a polícia!

Portugal padece, de facto, de uma espécie de esquizofrenia social. E, já agora, de ingratidão também.
Ao mesmo tempo que se clama por mais segurança nas escolas, logo se vitupera as autoridades policiais - e os seus mandantes -, quando sabemos que aquelas, em vésperas de manifestação de professores, andam (in)discretamente (e a mando daqueles?) a visitar as escolas. Em que ficamos afinal, deputado Alegre? Não são os docentes quem mais sofre com a violência escolar? Então porquê tanta indignação, quando a polícia procura saber das intenções dos professores, em vésperas de greve? Não é isto próprio da "normalidade democrática"? Ver neste tipo de acções um intolerável meio de controlo policial e uma tentativa ilegítima de constragimento da liberdade sindical não lhe parece um pedacinho socrá.. - aliás, maquiavélico, deputado Alegre? Ai, ai, deputado Alegre, tem de ultrapassar essa sua crónica alergia a fardas. A nossa democracia já conta 33 anos, tem a idade de boa parte dos nossos jovens, e tal como eles está segura de si e do seu futuro e há muito que não ouve os conselhos dos nossos funding fathers - para não dizer que ignora mesmo quem estes foram.
Afinal, onde deixou a sua inocência poética, caro deputado?

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