O PGR Pinto Monteiro deu instruções à procuradora Maria José Morgado para abrir um inquérito a fim de se apurar quem facultou à comunicação social os seus despachos no caso das escutas a José Sócrates. Segundo o PGR, só cinco ou seis pessoas conheciam o teor dos despachos. Que é a mesma coisa que dizer: quem foi, ponha o dedo no ar.
Mas acreditemos na saúde do sistema: estando assim circunscrita a investigação, não ficarei surpreendido se, nos próximos dias, houver, não um jardineiro ou um mordomo, mas uma qualquer secretária da Procuradoria a quem foi instaurado um processo disciplinar. Ou - o mais mediático dos desfechos -, um procurador-geral adjunto que, abnegadamente, se demite, a bem da credibilidade do sistema.
Sem comentários:
Enviar um comentário