Paulo Portas lembra-me aqueles miúdos intelectualmente precoces cuja impertinência e egocentrismo vai afastando todos aqueles que, uma vez atraídos pelo seu brilhantismo, se foram vendo consumidos pelas radiações do seu carisma.
Líder dum partido criado e recriado (n) à sombra da sua imagem e das suas pretensões políticas, Portas recusa admitir que o seu partido é ele, dois ou três indefectíveis menores e a bela e doce Teresa Caeiro, que, manifestmente, merecia mais do que fazer o papel de bela e inteligente do partido.
Depois de ter tirado o tapete a Manuel Monteiro, de ter querido "apagar" a figura de Freitas do Amaral da história do partido (em que entrou pela porta das traseiras) e de ter eliminado os potenciais concorrentes Maria José Nogueira Pinto e Pires de Lima, soube-se agora que há um ano que secara a paciência (e o ego) de Nobres Guedes. Consciente dos danos provocados por mais esta desistência, tentou abafar a notícia, interna e externamente, e veio a público "limpar as mãos à parede".
Portas é, definitivamente, um líder cada vez mais só; vejamos agora até onde vai o seu egocentrismo. Vai sair pelo seu pé (e, desta feita, com os dois pés) ou vai resistir até cair da cadeira?
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