Tiago Monteiro, um dos nossos ases do volante, recebeu 2 milhões de euros do Estado português (através do Instituto do Desporto - IDT) para competir na F1. A notícia é do Público de hoje. Segundo parece, o recuo de alguns patrocinadores no apoio à participação do piloto nos campeonatos do mundo de 2005 e 2006 "obrigaram" os Governos de Santana Lopes e de Sócrates a abrir os cordões ao erário público, sob pena do piloto ver-se impossibilitado de exibir nas pistas o esplendor dalgumas marcas nacionais (para parafrasear, livremente, Hermínio Loureiro, ex-secretário de Estado do Desporto de Santana).
A não ser que Tiago Monteiro tenha competido nos mundiais de 2005/2006 com um mini-pavilhão de Portugal atrelado ao carro (confesso que não sou adepto dos desportos motorizados, pelo que não afastei essa possibilidade), a avaliar pelo balanço final da participação do piloto nas duas provas - nos Estados Unidos ainda conheceu o 3º lugar do pódio, mas numa prova onde só 6 pilotos participaram; e no Brasil, em 2006, terminou a prova em penúltimo lugar, atrás do seu colega de equipa -, bem podemos chorar as nossas modestíssimas contribuições para projecção da marca Portugal (também para parafrasear Telmo Correia, ministro do Turismo também de Santana) nos circuitos automobilísticos internacionais...e, já agora, num daqueles nossos raros interregnos de serenidade popular, também podemos exercer o direito de regresso junto dos nossos responsáveis (com r micro e não minúsculo) políticos de então e de hoje - ainda que Laurentino Dias, o nosso actual gestor governamental de patrocínios desportivos, garanta que, a verba dada a Tiago Monteiro, "foi a única e a última". É que, depois desta, o contribuinte nunca mais descontará de bom grado.
1 comentário:
ó Pálios pá, concordo, e depois não há dinheiro para aumentar os desgraçados dos pensionistas pá, uma vergonha pá!!!
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