segunda-feira, 14 de abril de 2008

A (des) Ordem dos professores

Segundo o Público de 12/04/2008, a Associação Nacional de Professores (ANP) vai propor a elaboração de um código ético e deontológico para a profissão. De acordo com o presidente da ANP, o conjunto normativo a criar irá constituir uma base para a criação da ordem profissional dos docentes.
É uma boa iniciativa. Primeiro, porque depois das diversas faltas deontológicas evidenciadas pelo comportamento profissional e cívico de muitos professores nos últimos tempos, nada melhor que codificar condutas profissionais. Assim, sempre que um setôr tiver dúvidas sobre como actuar quando tiver que se baldar às aulas ou pôr um aluno mal-comportado fora da sala, é só consultar o código. Como dizia um professor meu, está tudo no código.
Depois, e por outro lado, se os economistas têm ordem e os enfermeiros também já ordenam, porque não podem os profes também agremiar-se, se até já têm anos de prática em pôr ministros na ordem?!
Pois é, num país onde todos ordenam (e exerçem "poder de regulação"), as ordens estão definitivamente na moda. Afinal, sempre emprestam credibilidade (?) institucional a qualquer actividade profissional e oferecem projecção mediática a quem as lidera (mesmo quando pouco ou nada sabe da profissão).

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