segunda-feira, 7 de abril de 2008

O fôlego de António Costa

"As minhas prioridades são as que constam do programa: as questões da habitação, da mobilidade, da qualidade do ambiente, a questão das escolas, as políticas relativas aos idosos."(...) "Primeiro, vamos fazer o "Simplis", que é um "simplex" para a cidade de Lisboa. Em segundo, aproveitar o quadro legislativo aprovado esta semana pelo Governo em matéria de ordenamento do território e de licenciamento, que ajudam à simplificação. Em terceiro, introduzir mecanismos de prevenção da corrupção, quer com códigos de conduta muito exigentes, quer com uma comissão de prevenção da corrupção que tenha independência funcional relativa à maioria da câmara. E que identifique as áreas mais críticas da câmara e adopte códigos de boas práticas."(...) "Tenciono ficar com os pelouros que dizem respeito à segurança, às actividades económicas e ao planeamento estratégico."
Cansado? Eu também, e isto são só exemplos (colhidos de uma entrevista dada, ao DN, pelo então candidato à Câmara de Lisboa) dos trabalhos que António Costa se propôs realizar em Lisboa, pois se formos rever as 61 páginas do seu programa eleitoral para Lisboa, ficamos extenuados.
Mas António Costa não. Não há crise financeira, nem caos urbanístico, nem desorganização administrativa, nem desânimo estrutural que esgote o fôlego do edil da nossa capital (até rima, como o fado da situação sugere) . De tal maneira que António Costa ainda encontrou alento (e espaço na agenda) para substituir um peso-pesado da vida pública, como Jorge Coelho, no programa Quadratura do Círculo.
Tempo e vontade são, de facto, conceitos elásticos para António Costa. Mas, presumo eu, o mesmo não sucederá com a sua saúde financeira...já para não falar da chatice que é um político profissional ter de andar sempre a fazer prova de vida.


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