Marinho Pinto, recém empossado bastonário da Ordem dos Advogados, voltou a apontar as nódoas nos colarinhos da política portuguesa. É mais forte que ele. O homem bem tentou apaziguar a indignação classista prometendo contenção aos seus pares, mas parece que a sua pulsão tribunícia não vai deixar-se institucionalizar.
Pessoalmente, não me identifico com o estilo panfletário-justicialista de Marinho Pinto. Tenho dúvidas (ainda) que a Justiça se cumpra à força de megafone. Mas reconheço e saúdo o desassombro e até a coragem com que se expõe nas declarações que profere. Se é para denunciar as "tríades" da cunha, da tramóia, do parasitismo de Estado - actividades ainda infiscalizáveis pela ASAE -, valha-nos o Marinho Pinto - e que venham mais megafones!.
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