É notícia que a ASAE terá solicitado a colaboração do SIS e de forças especiais norte-americanas (SWAT) na formação dos seus inspectores.
Ao contrário do que seria de esperar, a avaliar pelo estilo marcadamente cénico das operações da ASAE, a aparente paramilitarização daquela autoridade de polícia administrativa parece estar a constranger o seu pessoal inspectivo. Afinal, para que precisa uma inspectora de dominar técnicas de luta corpo-a-corpo quando fiscaliza um restaurante chinês? Bom, nunca se sabe se por trás duns olhos puxados está um ninja renegado ou um yakuza reformado. E quantas ginjinhas por este país fora não serão insuspeitadas unidades de lavagem de dinheiro das máfias de Leste?
Ironias à parte, e sem prejuízo do óbvio reconhecimento do papel social e económico de organismos estaduais como a ASAE, começam, de facto, a ser preocupantes - senão mesmo irritantes -, os tiques xerifescos de António Nunes. Pois se é facilmente compreendido e até aplaudido pelo português comum (nomeadamente pelos subscritores do canal FoxCrime) que muito do sucesso da actividade da ASAE se deve à sua aliança táctica com os média, já se afigura de digestação mais difícil para o cidadão securitário-intolerante ser confrontado, quase diariamente, com indícios de tentativas mais ou menos encapotadas (e encapuzadas!) duma autoridade de polícia administrativa cujas atribuições se circunscrevem e se devem circunscrever, no quadro legal vigente, à avaliação e comunicação dos riscos na cadeia alimentar e coordenação nacional do controlo oficial dos géneros alimentícios, se atribuir (ou de subtrair) poderes e competências de índole policial e até judiciária cuja natureza e conteúdo encontram-se constitucionalmente confiados a órgãos de polícia, esses sim, criminal especialmente vocacionados para o exercício, legalmente tutelado, da investigação e da repressão criminal.
Ao contrário do que seria de esperar, a avaliar pelo estilo marcadamente cénico das operações da ASAE, a aparente paramilitarização daquela autoridade de polícia administrativa parece estar a constranger o seu pessoal inspectivo. Afinal, para que precisa uma inspectora de dominar técnicas de luta corpo-a-corpo quando fiscaliza um restaurante chinês? Bom, nunca se sabe se por trás duns olhos puxados está um ninja renegado ou um yakuza reformado. E quantas ginjinhas por este país fora não serão insuspeitadas unidades de lavagem de dinheiro das máfias de Leste?
Ironias à parte, e sem prejuízo do óbvio reconhecimento do papel social e económico de organismos estaduais como a ASAE, começam, de facto, a ser preocupantes - senão mesmo irritantes -, os tiques xerifescos de António Nunes. Pois se é facilmente compreendido e até aplaudido pelo português comum (nomeadamente pelos subscritores do canal FoxCrime) que muito do sucesso da actividade da ASAE se deve à sua aliança táctica com os média, já se afigura de digestação mais difícil para o cidadão securitário-intolerante ser confrontado, quase diariamente, com indícios de tentativas mais ou menos encapotadas (e encapuzadas!) duma autoridade de polícia administrativa cujas atribuições se circunscrevem e se devem circunscrever, no quadro legal vigente, à avaliação e comunicação dos riscos na cadeia alimentar e coordenação nacional do controlo oficial dos géneros alimentícios, se atribuir (ou de subtrair) poderes e competências de índole policial e até judiciária cuja natureza e conteúdo encontram-se constitucionalmente confiados a órgãos de polícia, esses sim, criminal especialmente vocacionados para o exercício, legalmente tutelado, da investigação e da repressão criminal.
Ora se, para o inspector Nunes, discrição e lisura constituem lirismos anacrónicos grafados num qualquer velho manual de conduta profissional esquecido na biblioteca do seu centro de formação de Idanha-a-Nova, o tropa de élite que há em cada um de nós até concorda e aprova; resta porém saber, e cá estaremos, temo, para o ver, se o país do défice, das esquadras em ruína e (ainda) do balde higiénico comporta mais um organismo policial especial, como o aparentemente em incubação na Conde de Valbom. E não faltará muito para vermos relançado o debate sobre as dificuldades de articulação e comunicação entre forças policiais - eloquentemente ilustrado por grandes operações conjuntas, conferências de imprensa colectivas e comunicações mais ou menos concertadas em que depois se vem a saber que o comissário da PSP, porque chegou primeiro, desautorizou o chefe do posto local da GNR, que se atrasou porque não tinha gasóleo no jipe, que por sua vez não deixou a PJ entrar no local do crime porque não tinha ordens do comando e que, em virtude de não obstante a prontidão demonstrada e o grau de preparação técnico-táctica operacional etcetc, o meliante entretanto ilegalmente detido e prontamente "repreendido" por populares afinal, era outro.
Aguardemos pois, com tranquilidade, agarrados ao televisor, as cenas dos próximos capítulos.
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