O Estado investiu, ao longo de quatro anos, 15 milhões de euros numa navio que nos levasse em busca do ouro olímpico. A nau foi confiada ao velho comandante Vicente Moura, nadador e navegador experimentado nas longínquas águas olimpícas.
Ao cabo de uma semana ao largo da costa chinesa, isolado na sua cabine dourada, incapaz de controlar a sua numerosa (e caprichosa) tripulação, o velho comandante Moura viu a nau portuguesa naufragar, e resolveu abandonar o navio.
Ao longe, a bordo dum modesto bote salva-vidas, o comandante avistou dois dos seus marinheiros, que, heroicamente, haviam resgatado, do mastro que submergia, a bandeira nacional, e a desfraldavam já, em terra, nos pódios olímpicos.
Inspirado pelo heroísmo dos seus marinheiros Vanessa Fernandes e Nélson Évora, o comandante sentiu novamente emergir em si o espírito olímpico e, chegado a terra, anunciou que, com a ajuda da sua (naufragada) tripulação, talvez voltasse a comandar a nau olímpica.
Moral da história: agarrem-me senão... talvez eu fique.
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