quarta-feira, 6 de agosto de 2008

A extinção da (outra) memória

Nos dias que correm, sempre que se sabe da degradação ou demolição daquilo que se designa por património histórico-arquitectónico, é frequente ouvir bramir contra a eliminação da nossa "memória colectiva". Poucas são porém as vezes em que ouvimos falar daquilo a que chamaria a nossa "memória (ainda) viva". Refiro-me às notícias de extermínio e consequente extinção de grande parte das espécies de primatas que conhecemos e que, quer se aceite ou não, transportam consigo a memória daquilo que fomos e muitas das chaves para a compreensão daquilo que somos e seremos.
Segundo o Público de hoje, quase metade das espécies de primatas estão em vias de extinção.
A notícia, publicada em tempo de férias, passará ao lado da maior parte dos portugueses. Mesmo dos criacionistas. Mas fica o registo, de consciência, de quem conhece qualquer coisa de onde vem.

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