Não fosse o morto e o ferido registados e não seria precisa muita ironia para dizer-mos que a Justiça desabou ontem, em Fafe, sobre as nossas cabeças.
A gravidade do sucedido (o desabamento de um tecto do Tribunal de Fafe, no decorrer das obras ali em curso), quer pelo que custou em vidas humanas, quer pelo que demonstra da (falta) qualidade construtiva de muitos dos equipamentos públicos, é já suficientemente chocante para que me atreva a qualquer exercício de ironia sobre ela.
Fala-se na possibilidade de se ter "mexido" desavisadamente numa parede-mestra do edifício, em descuído ou simplesmente na eventual fragilidade construtiva duma placa de cobertura. Seja o que for que resulte do anunciado inquérito, uma coisa é certa: o que se terá poupado em cimento e gasto em trabalhos a mais aquando da construção daquele tribunal, jamais compensará a vida ali estupidamente ceifada.
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