Pedro Tinto, desculpem, Pedro Pinto, o Obélix de sempre de Pedro Santana Lopes, veio hoje a terreiro tomar as dores do seu melhor amigo e empregador, depois da insólita entrevista concedida por Maria José Nogueira Pinto ao DN de ontem (não sei porquê, sempre que penso na antiga Provedora da Santa Casa da Misericórdia, aquele seu eterno ar senhorial, docemente aristocrático, inspira-me vassalagem e dou por mim a usar verbos como conceder...).
Certamente mais inspirado pela perspectiva de um regresso ao pelouro das obras de Lisboa do que ressabiado pela sua exclusão das listas do PSD para o soporífero Parlamento, Pedro Pinto veio apelidar lady Nogueira Pinto de páraquedista e camaleão político, por esta ter dito que apoiava António Costa para a Câmara de Lisboa e, concomitantemente, aceite integrar as listas do PSD.
Compreendo o papel de Pedro Pinto. Afinal, todo o Astérix tem o seu Obélix. Mas nunca se deve submestimar o killer instint de uma lady - ainda para mais , uma lady com o confortável estatuto de independente. Além do mais, deploro a falta de imaginação metafórica de Pedro Pinto. É que de coche, limusina ou jacto particular ainda imagino lady Nogueira Pinto a instalar-se no PSD, mas de pára-quedas, meu caro, de todo! Garça real ou leoa branca ainda vai, agora camaleão?!, com franqueza, que falta de classe, meu caro, jamais!