Se fosse ministra, Catalina Pestana acabava com a Casa Pia. É a própria ex-directora e provedora da instituição quem o afirma, em entrevista ao Correio da Manhã.
Segundo esta ex-responsável da instituição, "Os abusos continuam numa instituição com 200 anos, com uma história de abusos que tem 200 anos".
Das duas, uma: ou Catalina Pestana andou de pestana fechada durante ao anos em que foi directora dum colégio da Casa Pia - que, a atender ao tremendismo das suas palavras talvez devesse designar-se Casa dos Horrores -, ou então anda à procura de alguma coisa de que porventura se convenceu ter perdido.
Seja como fôr, não deixa de ser espantoso o alheamento (voluntário ou involuntário, negligente ou doloso) que parece caracterizar muitas das personagens que de uma forma ou outra tiveram cargos de responsabilidade naquela instituição bicentenária. É que se é hoje um facto vergonhosamente indesmentível que a Casa Pia foi uma casa de xius, não é menos vergonhoso e indesmentível que foi também uma casa de pios.
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